No dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, pelo menos 200 mulheres, e alguns homens, estiveram no salão nobre da Unisul, em Tubarão, para discutir as políticas públicas necessárias para melhorar a situação da mulher, especialmente das vítimas de agressões. O tema esteve em debate na primeira etapa regional da Jornada Catarinense Maria da Penha, promovida pela Comissão de Direitos e Garantias Fundamentais e de Amparo à Família e à Mulher, presidida pela deputada estadual Ada De Luca.
A jornada percorrerá outras 11 macro regiões do Estado, com o objetivo de orientar, informar, coibir a violência e, principalmente, fazer um diagnóstico das necessidades de cada região no que se refere a prevenção e ao combate da violência doméstica e familiar em Santa Catarina. “Vamos em todas as regiões para saber o que as mulheres querem. Pode ser a criação de um juizado como este que já existe em Tubarão, de uma delegacia específica. Não importa. Vamos fazer um projeto com todas estas reivindicações e ir em busca de recursos para tornar tudo realidade”, explica a deputada Ada De Luca.
A primeira região a discutir o assunto foi a que compreende as SDRs de Laguna, Braço do Norte e Tubarão. A principal reivindicação é a construção de uma Casa Abrigo.
Segundo dados apresentados pela coordenadora do centro de atendimento do Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, em Tubarão, Elivete de Andrade, a procura das mulheres pela defesa dos seus direitos básicos aumentou. Em 2007, foram expedidas 449 medidas protetivas e oito prisões, resultados de denúncias feitas no juizado. Do total de atendimentos, apenas 130 mulheres retiraram a ação contra o companheiro que cometeu agressões.