“Eu cansei. Com todo o respeito ao governo federal, a situação em que se encontra o trecho sul da BR-101 é lamentável e desesperador”. O desabafo é da deputada Ada De Luca (PMDB) que, em pronunciamento, falou da lentidão nas obras de duplicação da BR 101.
Apesar do investimento de mais de um bilhão de reais, a parlamentar lembrou que a obras se iniciaram em 2005 e que a conclusão dos trabalhos já foi transferida diversas vezes, “a previsão inicial era 2008, passou para 2009 e agora já se fala em 2012, os catarinenses não merecem este descaso”.
As obras no trecho sul incluem 27 pontes, 45 viadutos e 68 passarelas, distribuídos em nove lotes, além das chamadas ‘obras de arte’, que ainda nem foram licitadas, o que provocam desvios perigosos ao longo da rodovia. Ada considera que durante o dia o motorista tem que enfrentar o tráfego pesado e à noite o problema é a péssima sinalização.
A deputada pediu mais atenção do governo federal para a conclusão da obra. A 101 é uma prioridade para os catarinenses, aliás, para todo o sul do país. “A duplicação é essencial para a economia do Estado e para a segurança das pessoas que trafegam pela rodovia”, concluiu.
Apesar do investimento de mais de um bilhão de reais, a parlamentar lembrou que a obras se iniciaram em 2005 e que a conclusão dos trabalhos já foi transferida diversas vezes, “a previsão inicial era 2008, passou para 2009 e agora já se fala em 2012, os catarinenses não merecem este descaso”.
As obras no trecho sul incluem 27 pontes, 45 viadutos e 68 passarelas, distribuídos em nove lotes, além das chamadas ‘obras de arte’, que ainda nem foram licitadas, o que provocam desvios perigosos ao longo da rodovia. Ada considera que durante o dia o motorista tem que enfrentar o tráfego pesado e à noite o problema é a péssima sinalização.
A deputada pediu mais atenção do governo federal para a conclusão da obra. A 101 é uma prioridade para os catarinenses, aliás, para todo o sul do país. “A duplicação é essencial para a economia do Estado e para a segurança das pessoas que trafegam pela rodovia”, concluiu.
Confira o discurso na íntegra:
Senhor Presidente,
Colegas parlamentares,
Público que nos assiste,
Em especial os catarinenses do Sul do Estado
Eu cansei.
Com todo o respeito ao governo federal, a situação em que se encontra o trecho sul da BR-101 é lamentável e desesperador.
Só quem anda muito pelo Sul do Estado percebe o descaso enfrentado pelos usuários dessa que é a principal estrada a cruzar Santa Catarina.
Só quem percorre este trecho sente a angústia dos catarinenses pelo tempo que a obra já perdura, e o quanto que ainda irá demorar para ser entregue.
Orçada em um bilhão e cento e cincoenta milhões, a duplicação já consumiu muito dinheiro e possivelmente aquela quantia inicial terá que ser reforçada com mais verbas do caixa do governo, os famosos aditivos.
Os catarinenses não agüentam mais esperar!
As pessoas de todos os níveis, os ônibus, os caminhões, que movimentam a economia do país, não suportam mais. Em alguns trechos em que está tudo parado!
A duplicação do trecho Sul teve a ordem de serviço entregue em 2004, e em março de 2005 as obras efetivamente foram iniciadas.
Já se vão cinco anos de obras.
A previsão inicial para a conclusão era 2008, passou para 2009 e agora já se fala em 2012 – se não for mais!
Ninguém merece mais essa espera!
Tenho lá minhas dúvidas de que esteja pronta em 2012, levando em conta que obras como os túneis do Morro dos Cavalos,
o elevado de Maracajá,
a duplicação no Morro do Formigão
e a ponte nova no Canal das Laranjeiras em Laguna ainda nem iniciaram.
Segundo o Diário Catarinense informou em fevereiro, algumas dessas obras de arte sequer foram licitadas!
Falo desses casos específicos para dar um panorama geral. O que importa é que as pessoas estão penando com a lentidão das obras! Queremos uma explicação transparente.
Aqui neste plenário vários deputados sabem bem do que eu estou falando. Na minha bancada nós temos o Mota e o Genésio que cruzam a BR-101 quase diariamente.
O Andrino e o Renato Hinnig também viajam com freqüência no trecho. O Joares, o Comin e o Décio Góes são outros que estão sempre na estrada, só para citar alguns dos colegas.
Não é pouco, porque além dos trechos mais complexos que já citei, estamos falando de uma estrada que inclui 27 pontes, 45 viadutos e 68 passarelas, tudo distribuído em nove lotes locados por consórcios de empreiteiras.
E fica uma dúvida: o que está por trás da cortina, enquanto o povo continua angustiado?
A 101 já levou muitas vidas, muitos dos que nos escutam perderam parentes e amigos em acidentes na estrada que já foi conhecida como Rodovia da Morte.
Ainda acontecem muitos acidentes – eu mesma já testemunhei algumas tragédias nas idas e vindas para o Sul !
A obra de duplicação impõe muitos riscos, com tantos desvios que os motoristas são obrigados a fazer.
Mesmo os mais experientes no trecho são surpreendidos por uma placa ou um cavalete bem diante do carro.
De dia quando descemos para o sul - o trajeto é um, na madrugada quanto retornamos pra Florianópolis - já é outro – completamente diferente.
O sujeito passa sufoco de dia, pelo trânsito pesado, mas se decide viajar à noite para fugir do engarrafamento, pega uma estrada com péssima sinalização, com a pista antiga se confundindo a nova, com trechos em que não se sabe se a pista é dupla ou simples.
É um perigo! É um descaso do governo federal!
Até em trechos já duplicados, há situações em que o motorista passa dificuldade.
Em alguns trechos o acostamento simplesmente não existe ou não está demarcado. Se o carro ou caminhão apresentar problema, ou tiver um pneu furado, não tem onde parar – e o perigo de provocar um acidente é imenso.
Os catarinenses exigem mais atenção do Governo Federal, ou mais verbas para tocar essa duplicação, afinal já se vão 15 anos de espera desde o início dos primeiros estudos de viabilidade.
Nós, senhores deputados, que representamos o povo catarinense e que nos expomos ao risco da BR 101 todos os dias, não podemos aceitar este descaso com Santa Catarina.
Essa rodovia precisa ficar pronta!
Santa Catarina precisa da duplicação – já – e precisa estar mobilizada para cobrar recursos e agilidade nas obras.
A 101 é uma prioridade para os catarinenses, aliás para todo o sul do país. A conclusão da duplicação é essencial para a economia do Estado e para a preservação da vida das pessoas que lá trafegam. Não aceitamos mais desculpas esfarrapadas.
Muito obrigada!
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