terça-feira, 16 de junho de 2009

Policia Rodoviária Federal em Santa Catarina quer aumentar efetivo


Santa Catarina ocupa o segundo lugar no ranking no número de acidentes nas rodovias federais. Com o objetivo de tentar resolver esse e outros problemas das estradas federais, a Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público realizou uma audiência pública na tarde do dia 15, na Assembleia Legislativa, com a presença de representantes do setor.
Segundo a deputada Ada Faraco de Luca (PMDB), que propôs e presidiu a reunião, a audiência tem como principal finalidade elaborar uma Carta Aberta dos Catarinenses em favor da redução da violência nas rodovias federais, solicitando a realização de um concurso público regional. “O Estado possui apenas 499 policiais, quando precisa de pelo menos 900. O efetivo está falho e a infraestrutura rodoviária também. Temos que resolver esse problema”, disse Ada. O fechamento de quatros postos nos municípios de São Cristóvão do Sul, Itaiópolis, São José do Cedro e Itajaí é outro fator de preocupação dos participantes.
A Carta Aberta, que será entregue ao Departamento da Policia Federal, em Brasília, ao Ministério Público Federal e ao Ministro dos Transportes, pede o aumento no efetivo de policiais rodoviários no Estado para mais 350 agentes.
Anualmente morrem 35 mil pessoas por ano nas estradas brasileiras e, dos 400 mil feridos atendidos nas rodovias, 20% morrem ao chegar ao hospital. Os dados apresentados pela PRF ainda apontam que a frota em Santa Catarina alcançou os 3 milhões de veículos para uma população de 6 milhões de habitantes. “São dois habitantes por veículo. É muito carro para pouco efetivo. Sem contar outras questões como a péssima condição de algumas estradas”, disse Luiz Ademar Paes, superintendente da PRF de Santa Catarina.
O representante do Sindicato dos Policiais Rodoviários de Santa Catarina, Leandro Andrade do Nascimento, afirmou que o país tem um custo médio por acidente de R$ 90 mil, quando há feridos. No caso de morte, o valor sobe para R$ 400 mil. “O Brasil gastou em 2008 cerca de R$ 8 bilhões com os acidentes. Como solução, ele disse que é preciso a realização imediata de um concurso público. “O efetivo é o nosso grande problema, mas também temos que resolver outras questões como a instalações de defensas, criação de terceira faixa em determinados pontos das rodovias e a colocação de sinalização regressiva nas curvas”.
Ao final do evento, a deputada Ada sugeriu que a Carta Aberta fosse assinada por todos os participantes para, então, ser levada pessoalmente aos órgãos competentes. A comitiva, formada por representantes da PRF, dos parlamentares, do Detran, entre outros, deve ir à Brasília no mês de julho.

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