terça-feira, 26 de maio de 2009

Deputada Ada cobra soluções para duplicação da BR-101 Sul


A deputada Ada Faraco De Luca participou, nesta segunda (25), da audiência pública para discutir e avaliar as obras de duplicação do trecho Sul da BR-101, na Assembléia Legislativa. O impasse sobre a rodovia é um dos temas da “Agenda Positiva” do Parlamento catarinense.
Na abertura do evento a parlamentar lembrou que usou a tribuna com o objetivo de chamar a atenção para “a situação lamentável em que se encontrava o trecho sul da BR 101. Quem, assim como eu, percorre quase que diariamente o trecho entre Florianópolis e o sul do Estado, sabe que pouca coisa, ou quase nada, mudou”.
A deputada lamentou a ausência de representantes das empreiteiras e cobrou: “o que está oculto? Aditivos? Incapacidade? Os catarinenses querem explicações”.
O encontro evidenciou a necessidade de uma complexa avaliação das condições da obra, já que são 248,5 quilômetros de duplicação, de Palhoça, em Santa Catarina, a Passos de Torres, no Rio Grande do Sul, com valor estimado de R$ 1,6 bilhão, contendo dois túneis, 29 pontes, 38 viadutos, 62 passarelas e 52 passagens para pedestres.
Estiveram presentes representantes do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), federações, associações, cooperativas, prefeituras, secretários municipais e usuários daquela rodovia. Depois de uma ampla explanação sobre a situação da obra, ficou estabelecido o encaminhamento de documento contendo as principais reivindicações ao Ministério dos Transportes para serem tomadas as devidas providências.
De acordo com um estudo encomendado pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), da extensão total, apenas 104 quilômetros já foram duplicados, aproximadamente 42% do trecho. Os túneis apontam um percentual de 0,25% dos trabalhos a serem realizados, enquanto das 29 pontes, 16 foram executadas e 10 estão em execução. Dos viadutos, 14 estão prontos e 10 estão em execução. Os 14 restantes sequer foram iniciados. Entre as passagens para pedestres, 14 foram executadas, 28 estão em execução, mas grande parte está paralisada. Das 62 passarelas, apenas duas foram executadas e outras duas estão em processo de construção.
Entre as principais preocupações constatadas pelo levantamento estão os “gargalos” já conhecidos – Morro dos Cavalos, Morro do Formigão, Ponte de Laguna e elevado de Maracajá e uma série de obras listadas que ainda demandam de prazo superior a 18 meses para execução.
Responsável pela obra, o superintendente do DNIT, João José, e os engenheiros que respondem pela supervisão da duplicação, apresentaram uma ampla visualização de todo trecho Sul. Passo a passo foram avaliadas as situações de pontes, viadutos e asfaltamentos em regiões delicadas. Problemas com equipamentos, mão-de-obra, instabilidade de terrenos, licenciamento ambiental, sítios arqueológicos, desapropriações, espólios, documentação, jazidas e embargos foram listados, evidenciando a complexidade de realização de obra tão grandiosa. Mesmo assim, a equipe do DNIT finalizou a apresentação convencida de que os prazos estabelecidos serão cumpridos e a primeira fase da duplicação será concluída até 2010.
Já a segunda fase da obra, que contempla os túneis do Morro dos Cavalos e do Morro do Formigão, mais a Ponte de Laguna e o elevado de Maracajá deverão ficar prontos até junho de 2012.

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