sexta-feira, 8 de maio de 2009

Deputada Ada destaca ações para diminuir efeitos da seca no oeste


“Em sete anos foram cinco secas e a continuar a irracionalidade do uso da água, sem medidas que objetivem reservar no subsolo, ou seja, nos lençóis freáticos, as águas da chuva, dias piores nos estarão reservados”. Com esta consideração a deputada Ada Faraco de Luca concluiu o pronunciamento desta quinta, 7.
A parlamentar falou sobre a seca que assola a região oeste do Estado e chamou a atenção para as medidas anunciadas pelo governador Luiz Henrique da Silveira, na última terça, para atender os 95 municípios que decretaram estado de emergência. No total, a população atingida já ultrapassa 1 milhão de habitantes.
As ações da Casan foram destacadas pela deputada, que listou as medidas adotadas para minimizar os efeitos da estiagem, como a perfuração de poços, captação de água, convênios e distribuição de caixas d’água. “Além disso, está sendo feita uma intensa campanha na mídia local – sobretudo de Chapecó - objetivando o uso racional da água, de tal forma que se evite o desperdício com a lavação de carros, calçadas ou irrigação de plantas ou gramados”, relatou.
Confira o discurso na íntegra:
Senhor presidente,
Colegas deputados,
Público que nos acompanha pela TV AL e pela Rádio Alesc,

Santa Catarina mais uma vez é assolada pelos efeitos climáticos.

No final do ano passado foram as enchentes no vale do Itajaí. Agora, uma grave seca atinge a região oeste catarinense.

95 municípios já decretaram estado de emergência em função da estiagem, afetando uma população de mais de 1 milhão de pessoas.

É importante destacar que diante da situação em que nosso Estado se encontra, o governador Luiz Henrique da Silveira imediatamente tomou medidas para atendimento de urgência nestes municípios como:

- o licenciamento e a perfuração de poços artesianos.

- a distribuição de sementes nas regiões atingidas pela seca.

- obras para construção de sistema de captação e uso da água da chuva.

- a instalação de um programa de revitalização das atividades rurais para diminuir os efeitos da estiagem.

- a criação de um comitê para combate a estiagem e seus efeitos.

- a distribuição de água para consumo humano e de animais nas propriedades rurais.

Além disso, as principais ações para minimizar os efeitos da estiagem estão a cargo da Casan. São elas:

- a distribuição de MIL caixas d’água para a região do oeste possibilitando a reserva de UM MILHÃO de litros de água.
A Casan financiará estas caixas d’água para os usuários do sistema cobrando apenas 4 reais por mês na fatura de água, durante 40 meses.

- Convênios no valor de 205 mil reais com municípios das regiões atingidas - variando de 5 a 15 mil reais por município - para as prefeituras atenderem população rural com água tratada e distribuída por caminhões pipa.

- A Casan já investiu em Chapecó, no desassoreamento no Lajeado São José, 500 mil reais e mais outro tanto, ou seja, 500 mil reais foram repassados a prefeitura municipal de Chapecó para projeto de recuperação da mata ciliar do referido rio.

- Foram investidos 35 milhões - dos quais já foram pagos 20 milhões de reais - em perfuração de poços profundos para extração de água do Aqüífero Guarani e contempla os municípios de Ceara, Peritiba, Presidente Castelo Branco, Maravilha, São Lourenço d’Oeste, Chapecó, Videira e São Miguel do Oeste.

- Serão feitos investimentos - a curto prazo - no sistema de captação de água do Rio Tigre, que será utilizada em Chapecó para a construção de equipamentos de flotação de água, permitindo assim, o uso deste recurso hídrico - hoje comprometido pelo desenvolvimento de algas filamentosas.

- Estudos estão sendo feitos para a elaboração de projetos de nova captação de água para a região de Chapecó, a partir dos Rios Chapecó, Irani ou Uruguai, objetivando suprir – mormente - a necessidade de água para os frigoríficos da agroindústria local.

- Além disso, está sendo feita uma intensa campanha na mídia local – sobretudo de Chapecó - objetivando o uso racional da água, de tal forma que se evite o desperdício com a lavação de carros, calçadas ou irrigação de plantas ou gramados.

Quero chamar a atenção mais uma vez de todas as autoridades constituídas – quer do governo do estadual, federal ou municipal, da seriedade da estiagem do oeste catarinense.

Lembro que, segundo o presidente da Casan, em sete anos foram cinco secas e que - a continuar a irracionalidade do uso da água, sem medidas que objetivem reservar no subsolo, ou seja, nos lençóis freáticos, as águas da chuva - dias piores nos estarão reservados.


Muito obrigada.




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